Como ser um ex-extrovertido para tornar-se bem-sucedido
Por
que não se recomenda terapia para extrovertidos que extrapolam nas suas
interações sociais, do mesmo modo que se prescreve tratamento a tímidos muito
contidos? Incoerência do senso comum
A tentativa de silenciar o tímido tem origem na infância. Mas percorre toda a sua vida adulta. Quando sua autoestima é estimulada (à semelhança dos alunos do professor Mário Antônio), permanece inabalável diante de pressões externas. Não veste personagens desconectados de seu ser.
O tímido com amor-próprio compreende que todos estão sujeitos a dificuldades. Reconhece que os extrovertidos não são modelos a seguir nem a refutar; são apenas outra forma de se relacionar com o mundo. Por fim, está ciente de que os ditos “comunicativos” podem ultrapassar a linha para um lado ou outro. E, em ambas as direções, objetivam esconder uma provável insegurança.
Ou seja, os extrovertidos enfrentam situações cotidianas as quais acionam seu retraimento. No entanto, o mais comum é exceder a fronteira da espontaneidade, como falar demais numa reunião de trabalho e ter crises de “tagarelice”. Sobre eles, costuma-se dizer: “Não seguram a língua.” Apesar disso, não é praxe recomendar-lhes terapia; ao contrário, são elogiados por sua “sinceridade”, embora nitidamente prejudiquem a eles mesmos e a terceiros.
Indivíduos com esse perfil, exacerbadamente espontâneo, parecem demonstrar confiança. Mas, na verdade, camuflam carência, insegurança, receio de julgamentos. Preocupam-se demasiadamente com sua imagem perante os outros. Dito em termos simples: falam a fim de o outro não entender nada, remetendo às palavras de Nietzsche: “Falar muito de si mesmo pode ser uma forma de se ocultar.”
Como geralmente são pessoas ávidas para serem o centro das atenções, sugere-se a elas o recomendável aos tímidos muito contidos: envolverem-se com o teatro. É um espaço onde tais extrovertidos poderão extravasar a necessidade de serem vistos. A interação deles em esportes coletivos é outra alternativa apresentada por especialistas. Nesse caso, para deixarem de monopolizar a atenção e permitirem que todos do grupo exerçam o direito de expressar-se.
Portanto, ao contrário do que é orientado aos tímidos, não é exigido desses extrovertidos o abandono do seu jeito de ser. Não lhes é sugerida a perda da espontaneidade. Tampouco lhes recomendam falar menos nem praticar mais o silêncio. Aliás, o sujeito ao exercer sua timidez, também está sendo espontâneo. (Texto de Valdeir Almeida. Respeite os Direitos Autorais).
Este texto integra a série de postagens Desmistificando a timidez.
Gostei...acho que existe um preconceito com a timidez, ser espontâneo é ser você mesmo, mas creio que um equilíbrio é bom em ambos os casos, mas pessoalmente gosto mais do mistério do silêncio do que do barulho exacerbado que muitas vezes quase nada acrescenta...
ResponderExcluirGostei...acho que existe um preconceito com a timidez, ser espontâneo é ser você mesmo, mas creio que um equilíbrio é bom em ambos os casos, mas pessoalmente gosto mais do mistério do silêncio do que do barulho exacerbado que muitas vezes quase nada acrescenta...
ResponderExcluirGostei...acho que existe um preconceito com a timidez, ser espontâneo é ser você mesmo, mas creio que um equilíbrio é bom em ambos os casos, mas pessoalmente gosto mais do mistério do silêncio do que do barulho exacerbado que muitas vezes quase nada acrescenta...
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