O Ideal da Extroversão

Os tímidos são responsáveis por algumas das ideias que revolucionaram a humanidade, ainda assim são relegados a personalidades de segunda classe

 “O Ideal da Extroversão” expõe a discriminação contra os tímidos


Grande parte das sociedades ocidentais convencionou o extrovertido como padrão de comportamento. Ao estudar o tema, Susan Cain, autora do best-seller O Poder dos Quietos, cunhou o termo “O Ideal da Extroversão”. 

Trata-se de uma expressão representativa do sistema de crenças, responsáveis por instituir um modelo ideal a ser perseguido: o da pessoa gregária que “se sente confortável com a luz dos holofotes.” 

Nesse sentido, constitui-se paradoxal o discurso segundo o qual é preciso valorizar a individualidade, para convivermos harmonicamente em sociedade. Isso porque seleciona-se e prestigia-se, a rigor, apenas uma espécie de indivíduo, o extrovertido, em detrimento dos demais. 

Mesmo relegados à personalidade de “segunda classe”, a contribuição dos introvertidos é vasta. Graças e eles, a humanidade usufrui de algumas das maiores ideias. Entre tantos exemplos, estão os girassóis de Van Gogh, os noturnos de Chopin, o Google, as teorias da evolução, da gravidade e da relatividade. (Texto de Valdeir Almeida)

Este texto integra a série de postagens Desmistificandoa timidez

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