Vejo Flores em Você – O Respeito às Individualidades


Era do grupo Ira a trilha de abertura de O Outro (Globo, 1987). Como o nome sugere, essa novela tematizava a troca de identidades. Além disso, levantava a discussão acerca da autoaceitação e do respeito às individualidades. 

A mencionada canção – cujo título é Flores em Você – transforma em melodia a beleza da multiplicidade humana. Eis um trecho: “Nessa vida passageira / Eu sou eu, você é você/ Isso é o que mais me agrada / Isso é o que me faz dizer/ Que vejo flores em você”.

Como a vida é breve, caberia a cada um usufruí-la intensamente, mas não em detrimento da experiência alheia. O detentor de uma autoestima inabalável regozija-se por pertencer a uma diversidade enriquecedora. O jardim acolhe magníficos exemplos: suas flores primam pela variedade, tanto nas cores como nos aromas. Por que são belos os jardins? Porque, além dessa festiva miscelânea, predomina-se o respeito: o brilho de uma não ofusca o da outra. 

Um indivíduo intolerante poderia argumentar que a ilustração acima é demasiadamente poética. Contudo se tal indivíduo poetizasse a própria existência, encantar-se-ia pela beleza harmônica que há nas diferenças individuais. Em vez de cultivar ódio e praticar violência, ofereceria buquê de flores. E declamaria: “Eu sou eu. Você é você. Isso é o que mais me agrada, isso é o que me faz dizer, que vejo flores em você”. (Texto de Valdeir Almeida. Respeite os Direitos Autorais). 

Composição: Edgar Scandurrad 



Um comentário:

  1. Somos todos "peças" diferentes de um mesmo mosaico cuja imagem é um jardim. Sua reflexão me fez pensar nisso. E olhar para a pedra ao lado com toda sua diversidade é um exercício de contemplar a natureza e sua complexidade na forma humana. Celebremos a diferença!

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