Brasileiro Tem Memória Curta... Será?
Segundo o ditado, “brasileiro tem memória curta”. Para mim, o problema é outro: escândalos e episódios chocantes acontecem em grande número. Por exemplo, ainda se discutia o caso da menina espancada pela madrasta em Goiás; de repente, surge outra notícia de atrocidade: o assassinato de Isabella em São Paulo.
Desse modo, a questão é o excesso de fatos extraordinários* simultâneos, resultando na dificuldade de assimilá-los.
Quando o assunto é política, no entanto, o adágio popular está correto; muitos brasileiros não se lembram em quem votaram nas últimas eleições, nem das fraudes cometidas por determinados governantes. Por outro lado, o problema pode não ser de “aminésia”, mas de desprezo pelas questões políticas**. Raramente, o eleitor procura informar-se a respeito do passado do seu candidato; irresponsabilidade que pode trazer conseqüências desastrosas por quatro anos.
Aos servidores públicos estaduais, sugiro que andem com o contracheque no bolso, coloque-o na cabeceira da cama e na porta de entrada da casa; assim, não irão se esquecer de votar bem nas próximas eleições.
* Infelizmente, esses fatos são tão comuns, que já se tornou incoerente chamá-los de corriqueiros.
** Aqui não uso o termo “política” para referir-me a envolvimento partidário, mas como forma de exercer a cidadania. Portanto, quando alguém diz que detesta política ou que é apolítico, está, na verdade, falando das legendas. Além disso, fazemos política cotidianamente; por exemplo, ao exigirmos a nota-fiscal numa loja, reclamarmos de alguém que cortou a fila do bando etc. Isso faz parte do verdadeiro conceito da palavra política.
É um fato realmente, mas acho que aos poucos, isto muda.
ResponderExcluirAbraços
Também acho que aos poucos isto muda! O problema é a falta de voz e manifestações populares em repúdio as ações absurdas, em diversos âmbitos, que ocorrem no cotidiano do nosso país.
ResponderExcluirParabéns pela postagem!
Nelsinho Lima.
Que Post Fantástico!
ResponderExcluirAmigo Valdeir:
Eu acho que o problema não é a memória e sim o elevado número da qualimarca de candidatos que se apresentam que terminam por ofuscar o diminuto número de razoáveis com uma biografia passável, ou com as fichas quase limpa. Nas próximas décadas as coisas mudam.
Gostei da sua análise!
Parabéns por mais um excelente Post!
Abraços,
LISON.