Igual-Desigual – Diálogo com Carlos Drummond de Andrade
Igual-Desigual
Eu desconfiava:
todas as histórias em quadrinho são iguais.
Todos os filmes norte-americanos são iguais.
Todos os filmes de todos os países são iguais.
Todos os best-sellers são iguais.
.........................................................................................................................
Contudo, o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho ou
coisa.
Não é igual a nada.
Todo ser humano é um estranho
ímpar
Eu desconfiava:
todas as histórias em quadrinho são iguais.
Todos os filmes norte-americanos são iguais.
Todos os filmes de todos os países são iguais.
Todos os best-sellers são iguais.
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Contudo, o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho ou
coisa.
Não é igual a nada.
Todo ser humano é um estranho
ímpar
Drummond,
Hoje as coisas (e bichos também) continuam iguais. Mas o homem mudou, não é mais ímpar: está invadindo o território das coisas e tornando-se como elas.
Agora, poucas vezes se pergunta como a pessoa está, do que gosta e o que sente. O mais importante é o que se possui. TER um carro do ano é mais imprescindível do que SER gente.
Portanto, Drummond, atualmente,
Hoje as coisas (e bichos também) continuam iguais. Mas o homem mudou, não é mais ímpar: está invadindo o território das coisas e tornando-se como elas.
Agora, poucas vezes se pergunta como a pessoa está, do que gosta e o que sente. O mais importante é o que se possui. TER um carro do ano é mais imprescindível do que SER gente.
Portanto, Drummond, atualmente,
O homem é igual a qualquer outro homem e coisa.
É igual a tudo.
É ser previsível:
comum
É igual a tudo.
É ser previsível:
comum
Drummond é Drummond... Eis o meu Rei... Meu "muso" inspirador apesar de eu nem chegar perto do que ele escreve...
ResponderExcluirExcelente postagem Valdeir...
Abração...
Lamentável! Mas real. Bela atualização do poeta.
ResponderExcluirSer é grande, ter passa.
É preciso ser para ter o entendimento.
Abração, meu amigo.
Bom que esteja de volta!!!!
Olá amigo
ResponderExcluirO homem está se tornando padronizado pela mídia e pelo desejo de ter. As individualidades estão ser tornando cada vez mais coletivas.
Abração
Pode até ser igual, mas com cabeça diferente... Beijos Amelia
ResponderExcluirFato Valdeir...
ResponderExcluirFez-me refletir!
bjs
Mila
É Valdeir! E esta vontade de tudo ter, está o afastando de ser.
ResponderExcluirDe "ser" uma pessoa com caráter e valor.
Abraços
Realmente, viramos um cultura de massa, e com tal, padronizado e iguais...
ResponderExcluirFique com Deus, menino Valdeir.
Um abraço
Parabéns pelo post!!! Com o avanço da sociedade capitalista, passamos da condição de pessoa (ser humano) para consumidores. Prova disso, é a realidade de setores fundamentais como Educação e saúde que cada vez mais funcionam como grandes empresas fornecedoras de serviços. Grande abraço!!!
ResponderExcluirValdeir!
ResponderExcluirTentei completar o seu diálogo sobre o 'homem'. Mas soou como se eu estivesse falando para você. Vi agora, não tome como assim a interpretação. Não estavaa falando de você ok?
O texto é bom e reflexivo. E me desculpe se fui muito genérico.
Meu caro Valdeir, é a própria poesia que nos "desformata" e revela o um do múltiplo e o múltiplo do um. Ela mesma, com seu poder desconcertante de provocar compreensões nos faz acreditar que, mesmo diante de tantas forças de padronização, o homem, quando mergulha em si, descobre-se único, diverso de tudo e de todos que o cercam.
ResponderExcluirParabéns pela postagem!
Um forte abraço.
Drummond conseguia uma clareza com as palavras de fazer inveja. Ainda acho que ele é atual, concordo, apesar de o homem se massificar, ele continua ímpar.
ResponderExcluirGrande abraço!
Neto,
ResponderExcluirNão se preocupe, não. Eu entedi o que você quis dizer.
Abraços e ótimo final de semana.
E mais uma vez, você está coberto de razão, meu amigo.
ResponderExcluirFicamos felizes com seu e-mail. Eu e San esperamos que esteja tudo bem.
Ótimo fim de semana pra vc.
Deus seja contigo!
O capitalismo - cada vez mais voraz - tem nos levado a pensar e respirar dinheiro - o ter. Está impresso na nossa alma (sobretudo, nós do ocidente). Desarraigar isso do nosso ser é desafio constante, inquietante e, claro, saudável para a humanidade e o mundo; ou então, coisificamo-nos.
ResponderExcluirIncisivo texto! Boa releitura de Drummond, caro Val!
Eu concordo com vcs, mas acho o Tarantino um fodástico diretor de cinema rs
ResponderExcluirabraços!
Gostei do post.
ResponderExcluirFomenta a discussão sobre a igualdade. Sem querer relativisar as coisa, mas ainda sim o fazendo, diria o homem se converge e diverge no que tange a este aspecto de igualdade. Prefiro ver todo os homens como iguas e comuns a sí próprio. No entanto diversos fatores me levam a enteder que cada homem é um ser estrano e "ímpar", sejam, por exemplo, no que diz respeito a religião, ideologias ou aspirações artíticas e etc...
Parabéns Valdeir! Bom final de semana!
Esse é o grande Drumond, sempre vivo e antenado com o nosso mundo real!
ResponderExcluirMeus parabéns pela escolha do texto e um grande abraço!
Como sempre suas postagens, são maravilhosas, parabéns. Os homem podem serem iguais , mas com comportamentos totalmente diferentes.
ResponderExcluirGrande Drummond de Andrade,sempre claro e objetivo nos seus textos.
Beijos Valdeir, ótimo domingo e maravilhosa semana a vc.
há esperança Valdeir, enquanto algumas vozes disserem não a esse processo de "coisificação".
ResponderExcluirValdeir
ResponderExcluircaríssimo
"... é ser previsivel, comum"
acredito muito nesta frase. Infelizmente, estamos perdendo a nossa tão querida individualidade e o nosso jeitinho especial de ser.
é uma pena.
mas, eu sou teimosa, não desisto, empaco e continuo sendo eu mesma.
beijinho
ah, tem um selinho pra você no http://www.tocdemenina.blogspot.com
abraços
Valdeir, não ouso discordar de vc. Pena, né? Tem um selo da campanha contra bullying no Mãe é tudo igual pra vc.
ResponderExcluirbjs
Ah o Drummond!
ResponderExcluirSeu blog está de parabéns, estou sempre por aqui.
Belos textos.
Um beijo.