Bode Zé para Prefeito

A revista Veja da semana passada noticiou uma aliança antes inimaginável. PT e PSDB – adversários históricos – estão apoiando candidato a prefeito nas eleições de uma grande capital.

O inusitado não fica apenas nisso. O prefeiturável era um desconhecido do eleitorado, mas após o prefeito (PT) e o governador (PSDB) anunciarem o apoio em conjunto, a preferência pelo candidato saltou de 6% para 42%, ficando em primeiro lugar (isolado) nas pesquisas.

A reportagem da revista afirma que esse fato transformou em realidade um mito: o de que políticos bem avaliados são capazes de eleger um poste.

Ao ler isso, lembrei-me imediatamente de Que Rei Sou Eu? (Globo, 1989). Nessa novela satírica, um bode chamado Zé conseguiu vencer as eleições para primeiro ministro. No ano seguinte, na vida real, houve eleições. Naquela época, ainda não havia urna eletrônica; o registro dos votos era feito em cédulas, a caneta. Muitos eleitores, frustrados com os políticos, resolveram anular o próprio voto de forma bem humorada, escolhendo quem? Exatamente, o Bode Zé.

Se a eleição ainda fosse feita no papel, em quem será que os inconformados iriam votar? Candidatos é que não faltam: Chapolim Colorado, Louro José, Pica-pau...


P.S: Aquela era a primeira eleição direta para presidente após longo período de ditadura militar. Foram também escolhidos os senadores e deputados federais.

Um comentário:

  1. Nas eleições são feitas coligações das mais estranhas.
    Vim agradecer pelo comentário feito no meu blog e desejar que tenha um ótimo final de senama.

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